Conheça um pouco do desabafo e da reflexão de um ser humano, um mortal.

"Nem tudo é maravilha, o único lugar onde tudo poderia ser maravilhoso é o país das maravilhas... mas se lá fosse assim tão ótimo e maravilhoso, Alice não teria voltado de lá." por: neto barbieri'

sábado, 30 de novembro de 2013

Black Saturday . . .


Enquanto o comércio só na web em suas primeiras doze horas comemorava mais de 174 milhões de dilmas gastas com a promoção mais falseta do Brasil, mais falseta até que a frase: É SÓ AMANHÃ! NAS CASAS BAHIA! MAGAZINE LUIZA! E etc eu listo meu BLACK SATURDAY.

Infelizmente vou ter que comunicar aos gatos pingados que aqui me acompanham que estou fechando o blog. Ele ficará aqui, ativo, não existirão mais postagens, não existirão mais musas, não existirá mais nada.

Dessa vez o tombo foi grande e eu estou decidindo fechar meu coração e meu mundo pra visitação, pra férias, pro final de semana, pro de vez em quando, pra qualquer coisa que me desgaste. Quero pedir mil desculpas e deixar claro que nada mais será postado aqui, fica de lembrança sei lá, recordação, afinal é internet e se não tem nada em quinze ou vinte dias já sumiu.

Me desculpem mais uma vez, alguns aqui contribuíram muito com críticas construtivas e outras etceteras que ficam resguardadas ao pessoal de cada um. A vocês meu muito obrigado.

Estou farto de tudo isso, de mergulhar fundo e de cabeça, de ser intenso e íntegro, de ser sincero demais, de querer cuidar, de me inspirar, de escrever e colocar naquele espaço vazio da minha estante, não no mais alto, mas naquele espaço mais bonito, alguém que não queira realmente estar lá. O amor não vai acabar, ainda amo, dolorosamente mas amo, porém minhas defesas estão agora novamente ativadas. Talvez o correto não seja assim tão desejável, ou talvez o desejável seja não ser correto. Acabou, fui! Eu e meus talvez!

Tenho novos planos para um blog, ainda sobre mulheres e falando das belezas e qualidades de cada uma... Mas apenas de mulheres que não tenham vínculo comigo, é doloroso demais tentar botar todo o amor em palavras que expressem a intensidade do sentimento pra depois elas ficarem tarjadas como mentira, ou como qualquer outra merda.

A verdade é que deu. Não deixarei de admirá-las, mas tenho certeza que não escreverei sobre amores antes que alguém me prove que vale realmente a pena abrir a intimidade da minha fonte de inspiração para todo e qualquer.

Dito isso, quando eu reorganizar a vida, a casa e a mente voltarei a falar delas, mas nunca como antes.

sábado, 14 de setembro de 2013

Soul To Soul . . .


         Já voaram mais de 30 dias desde a primeira imagem dela na rodoviária, me esperando, sorrindo, com uma calça preta justinha, uma blusinha colorida e uma jaquetinha vermelha de couro, toda simpática e doce. Ela me viu e aguardou parada, enquanto eu caminhava com minha mala em direção a ela. Eu realmente achei que ela não tinha me recebido como uma surpresa tão boa assim, mas, quando cheguei, ela me abraçou e me beijou... Abraçou forte, mordeu meu lábio, sorriu mais uma vez e me disse: que bom que você veio!
         Só eu e ela sabemos o quanto foi difícil fazer com que esse encontro acontecesse.
         Quando ela passou a mão pelo meu braço e escorregou lentamente até a minha mão e segurou firme, eu sentia o quanto aquilo estava valendo a pena.
         Depois desse dia, desse final de semana, nada nunca mais foi o mesmo, nem eu. Tanto que hoje eu olho pra trás e vejo todas as coisas que já fizemos juntos, nesse mínimo tempo, fico muito feliz por ver que tenho aproveitado muito bem meu tempo, que tenho gasto ele com alguém que vale e me dá retorno. Mas só de pensar em todas as coisas que eu ainda quero fazer ao lado dela, o tempo volta a se tornar relativo e todas as coisas que fizemos parecem não ser suficientes para o nosso tempo.
         Nosso relógio não tem marcação, apenas ponteiros, eles giram continuamente e para o mesmo lado, como qualquer relógio. A diferença é que pra nós não existe dia, hora, lugar, não existe noite, não existe empecilho, tudo é feito em perfeita harmonia.
         Como uma empresa em expansão. Somos investidores diretos e não nos importamos com as ações ou quem tem a maior porcentagem na empresa, isso não é necessário. Apenas estamos investindo tudo o que temos, ambiciosamente e aguardando pelo retorno e os dividendos que nós poderemos juntos, gerar. O melhor de tudo é que tanto eu quanto ela, depois de tanta coisa vivida, sabemos que existe a chance dessa empresa quebrar, estamos trabalhando o tempo todo contra isso, mas sabemos que se isso acontecer, ambos quebraremos junto com ela.
         A vida é engraçada. Quem diria que o V.U.(balada GLS de Curitiba) poderia me trazer tantos prazeres assim? HAHAHAHA! Parece até ironia, mas foi assim, após uma entrevista de emprego, empurrado por mais 4 amigos que eu fui parar lá, hoje fico feliz por Thiago e Kalleo terem quase me arrastado pra balada aquele dia que eu não queria ir.
         Graças a minha cara de carvalho maciço, porque pau é pouco né, eu fui me intrometer na conversa alheia das pessoas estranhas que estavam sentadas... Foi aí que conversamos demais, bêbados, reclamando e de saco cheio de tanta gente cheia de si e cheia de nada. Não estávamos preocupados com o relógio, conversávamos e ríamos muito, sem parar. Até que fui chamado para ir embora, me despedi correndo dela, sem nem ao menos abraçá-la e, depois de ter pago a comanda, antes de sair eu a cacei. Tracei minha rota até porta de entrada da casa de festas e, como um lince no meio da noite, eu a cacei.
         Eu já havia desistido de encontrá-la e, quando estiquei os braços para abrir a porta que leva a escadaria externa... Ela fez isso do lado de lá antes que eu pudesse tocar a maçaneta.
         Tive tempo apenas de dizer meu contato das redes sociais pra ela, agarrá-la firme e antes que ela pudesse dizer ou fazer algo eu a recostei na parede e disse que não poderia sair daquele lugar naquela noite sem beijá-la.
         Depois desse dia, conversamos, marcamos encontros e nada nunca deu certo.
         Passaram-se dias e meses até que, depois de ver uma foto eu resolvi ir atrás dela, mais uma vez, numa última tentativa e, ela já havia se mudado para o interior, de onde veio.
         SEM PROBLEMAS! Se Maomé não vai a montanha, pode deixar que a montanha vai até Maomé. Hahahaha! E essa foi à frase que deu origem à relação que temos hoje.
         Tudo têm sido tão rápido e engraçado, divertido e prazeroso, belo e confortante que parece que eu a conheci ontem, que esse “mais de mês” começou a mudar a minha vida.
         Tenho apenas a agradecê-la e me orgulho, pois antes mesmo de ir ao encontro dela eu avisei que era um “mala” e muito chato, fui sincero.
Mesmo depois de descobrir que o que eu disse é realmente verdade ela ainda me suporta.
         Não é nem um pouco fácil me aguentar: Leva blusa! Cuidado com isso! Não volte tarde! Não faça assim, faça assado, isto está errado, não é assim, por aqui é melhor por causa disso e daquilo, assim é mais fácil, daquele outro jeito é mais rápido...
         Não é fácil aceitar todas as minhas respostas na ponta da língua, não é fácil interpretar e gostar do meu jeito “grosso”, que na verdade é sincero, realista e direto, não é confortável falar sobre meu passado e meus erros, não é uma maravilha lidar com minhas variações de humor... Definitivamente ela merece um CONGRATULATIONS bem grande...
         “Admirarei aquela que souber ou aprender a lidar com meus medos, erros, com a minha coragem e meus acertos. Admirá-la-ei pelo simples fato de entender e extrair tudo o que há de bom naquilo que eu nunca consegui entender, eu.” 

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Invisível Aos Olhos . . .



Ela chegou doce como a primeira brisa da primavera que carrega consigo o perfume de cada flor desabrochada nas copas das árvores, mesclando um aroma inconfundível de alegria.


Altura, 1,55m de puro sangue baiano MADE IN SÃO PAULO - INTERIOR, arretada, um pouquinho cabeça dura, mas, perfeitamente compreensível quando o assunto é colocado à prova e constatado em diálogo. Horas a fio no telefone, pelo menos 1h e meia ao dia. Muito? Não quando se tem uma amiga, alguém pra conversar e desabafar, alguém interessante, de bom humor, inteligente e com assuntos interessantes e interesses em comum. Passa longe do comum, da imagem do que é comum e do que se espera da mesmice humanitária do século XXI. Incrível é uma definição chula e barata quando falando de momentos juntos, não a dois, pois somos um.

Conversas, planos, risadas, idiotices, assuntos sérios... A qualquer momento sei que posso me apoiar ao socorro que ela me presta. Uma porta de carvalho toda talhada como se por um mestre dos traços e formas, uma saída do mundo real. Uma companheira e parceira de todas as horas, alguém que se importa e que mesmo sabendo de cada uma e todas as situações vivenciadas no dia-a-dia se mantêm ao lado. Um cais de porto pra um navio que já atravessou os sete mares em busca da riqueza, alguém para dividir o tesouro da vida.

Gosto quando ela vem de fininho, às vezes achando que eu não percebi o “toc toc” dos calcanhares pequenos batendo suavemente amaciados pelas meias no chão e... Como se adivinhasse meus pensamentos me abraça, deita a cabeça nas minhas costas, me aperta e eu me viro sorrindo igual um bobo para beijá-la enquanto ela faz aquela cara de “era pra ser surpresa” e a gente ri, juntos, felizes, juntos.

Por várias vezes aleatoriamente e em momentos dispersos ela vem e me abraça, me beija, me segura mais um pouquinho na cama, faz doce e quando me olha é como se seus olhos carinhosos me afagassem e pedissem que eu lhe desse carinho, atenção, pedem literalmente que eu a encha de mimos por muitas vezes. Descobri que tenho gosto por isso, que fazê-lo, me faz feliz.

Fascina-me o jeito como ela vê certas coisas e a maneira como ela desfruta de momentos únicos, como eu faço. Podemos falar sobre tudo e todos a qualquer hora. Temos assunto sempre e a conversa nos leva tão longe que quando percebido o frenético tempo já nos levou quase o dia ou a noite toda.

Intriga-me o fato de ter tanto pra falar em tão pouco tempo. É fácil escrever sobre ela, sobre como ela me trata, sobre como sorri quando digo bobagens que só nós entendemos e achamos graça, sobre como ela faz charme pra acordar e levantar... é fácil!

Quem sabe nesse garimpo vitalício em busca do verdadeiro ouro, tendo encontrado apenas o chamado “ouro de tolo” eu tenha descoberto uma mina, que mais me parece de preciosos diamantes...

Como toda mina, a escavação começa de cima e nunca se sabe o que tem abaixo da terra rígida e batida, mas é preciso cavar, descobrir, buscar. Pra isso é necessário trabalho, dedicação, comprometimento e cuidado, pois ao menor deslize posso ficar preso ou morrer dentro dela. É o risco do garimpo. Uns são recompensados, outros não. Talvez eu tenha escolhido o solo certo, se não para garimpar, que seja então para semear e plantar. Uma jazida ou uma colheita, independente, é um tiro certo, mesmo que no escuro.

Ela faz parecer fácil essa brincadeira de escritor e metáforas para cada canto das páginas. Ela faz parecer fácil viver.

E a mais quente e boa nova, como se não bastasse, praticamente me pediu em namoro...

Eu deveria achar estranho, tão cavalheiro e preservador dos séculos passados, não é de costume ser dessa forma. Mas confesso que nessa cartada ela levou boa parte das minhas fichas, ganhou a mão e com ela minha admiração e respeito pela atitude. Não que eu esperasse isso de uma mulher, mas digamos que naquela do 0 ou 80 ela definitivamente não ficou em cima do muro. Talvez seja por essa vontade, vitalidade, interesse e principalmente pela ousadia que ela detém que eu a admire tanto e goste tanto dela, a minha pequena Jenifer.

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

A Caótica Existência Feminina Que Equaliza o Sentimento Masculino . . .



Calma, serena, concentrada, ela percorre sem pressa nenhuma cada degrau da minha coluna vertebral. Conforme os dedos e as unhas dela dançam por toda a minha costa como se já soubessem cada pequeno relevo, defeito, cicatriz e lugar... A cada segundo ela, bem como eu já disse, me acende e ascende...


Como se tivesse um lança-chamas nas mãos ela descarrega toda sua munição contra meu corpo despido e incendeia minha alma. Ela sabe perfeitamente a hora, o lugar e como fazer isso, por isso me seduz tão bem.

Incendeia minha alma... Frase forte essa não? Expressão de profundidade sentimental... Exatamente, profundidade. Naquele momento em que ela me olhou dentro do olho, sorriu pra mim e disse “Você veio!” antes de me beijar e me abraçar, eu senti como se ela brincasse com fogo, se divertia enquanto via minha alma queimar dentro dos meus olhos, ela poderia se contentar em acender uma chama, mas não, ela quis o caos.

Como se num terremoto interno meu corpo se sacudisse de dentro para fora e cada músculo sofresse um espasmo em direções diferentes... Meu corpo tremia! Minha alma tremia! Que sensação incrível! O novo nem sempre é belo ou bem recebido, mas essa sensação agiu como uma droga injetada diretamente nas veias, antes que eu me desse conta já havia percorrido meu corpo todo e toda vez que isso começava a se acalmar era como se eu olhasse pra ela implorando para me servir um pouco dessa sensação, dessa substância rara, valiosíssima e única que é ela.

Terrível, é assim como ela me chama. Parece até piada quando quem causa o caos é ela.

Em 2008 já fiz certa referência, logo no início do blog de que: “Todos nós precisamos de um pouco de caos para que a vida se equilibre.”

Pois bem, estive perfeitamente correto quanto a isso, o fato que eu não contava era o de me viciar nesse caos e desejá-lo, o tempo todo.

Ela não pediu permissão, ela não forçou a entrada, ela mal falou comigo na “recepção” da minha vida! Quando simplesmente voltei para dentro da minha vida ela já estava lá, sentada, sorrindo e esperando pra me fazer feliz.

Como ela passou por todas as minhas defesas, de que maneira entrou, quanto tempo levou para fazer isso, são todas perguntas sem respostas. Mas não faz a menor diferença, pois estou perfeitamente bem assim.

 

quinta-feira, 11 de julho de 2013

That Place . . .

Aquele Lugar...


É meu bem, o amor machuca.
Ambos carregamos nossa parcela de culpa.
Nós poderíamos juntos, cavar,
Felizes a cantar, uma cova em algum lugar,
Viveríamos intensamente até aquele dia chegar.
Depois que tudo enfim passar,
Nosso amor será eterno e sobreviverá

E não importa como, foi impossível esquecer,
Sei que de qualquer forma irá voltar,
Não importa quando, nem mesmo o que,
Saberá que sempre teve aqui o seu lugar.

Contei dias, meses e copos,
O espaço vazio ao meu lado,
Na presença da insanidade,
Consegui me salvar calado.
Oh baby! Você estava tão linda naquela noite
Aquela poderia ter sido nossa última dança,
Não a nossa primeira, mas uma boa lembrança.
Querida você se foi tão cedo,
Mal tive tempo de notar,
Seu cheiro no ar, palavras a sussurrar,
Olhos a fechar, no seu ápice daquele luar,
A explosão de estrelas que via chegar,
Fechava sempre com um sorriso no olhar.

E não importa como, foi impossível esquecer,
Sei que de qualquer forma irá voltar,
Não importa quando, nem mesmo o que,
Saberá que sempre teve aqui o seu lugar.

Hoje sento sozinho a pensar,
Cada maravilha, cada lugar,
Onde comigo poderia estar,
Um refúgio pra gente ficar,
Sem se importar,
Com que horas veio ou irá voltar.
Sim querida, o amor machuca,
Mas a vida é para ser vivida,
Conformei-me, mas ainda não desisti,
Pois sei que não importa o quanto você rode,
O circuito sempre termina aqui.

E não importa como, foi impossível esquecer,
Sei que de qualquer forma irá voltar,
Não importa quando, nem mesmo o que,
Saberá que sempre teve aqui o seu lugar.


Por: Neto Barbieri

domingo, 16 de junho de 2013

Ruínas do Tempo . . .


         Sabe quando você para e repensa?
         Infelizmente isso me ocorreu hoje.
         Um emprego legal e que não paga tão mal assim; Uma pessoa que ao contrário do verbo somar, subtrai, faz da sua vida um inferno e tira toda a sua paz de espírito e, somente depois de brigas e insistência sai do teto que você a colocou e arcou com as despesas; Dividir um apartamento gigante no coração da capital paranaense com 3 amigos; Não ter nada que te impeça de ir e vir além dos necessários emprego e dinheiro...
         Tudo isso parece ótimo! Solteiro, ganhando dinheiro e morando bem, o que mais eu posso querer? Tudo.
         Porque habitar um ap. grande no centro de uma cidade maravilhosa como Curitiba, ganhar dinheiro e ser solteiro nunca foi nada perto da pequena casa de fundo em que passou excelentes dias perto dela, trabalhar mal, muito e ganhando pouco... Nada era tão urgente ou importante. Simplesmente não importava.
         De que adianta? Morar bem, ganhar bem, ter um quarto que é do tamanho da sala das casas que morei e uma cama box grande de molas para partilhar a qualquer hora não é suficiente. Falta alguma coisa.
         É nessa maldita hora que você se depara com o império que está construindo e não enxerga nada além de ruínas.
         Todo império tem um imperador e, não como na maioria dos casos, este imperador procura tornar seu império bom e seguro para sua imperadora e um herdeiro. Chegamos ao ponto G.
         Inúmeras princesas, imperadoras, rainhas... mas nenhuma delas é a sua. Aquela com quem você planejou tudo acabou ficando para trás, em um daqueles vilarejos que passou pela caminhada ao local onde você achou apropriado construir seu império. E não há ninguém, nunca existiu ninguém em seu caminho que mudasse isso.
         - Vá buscá-la!
         Disse o ignorante sentimento.
         Não é tão simples assim.
         Hoje ela habita um forte que ela mesma construiu, contente ao lado de um imperador melhor estruturado e influente, independente de tudo o que você um dia, pôde oferecer. Inclusive o seu amor.
         A batalha pela vida é árdua.
         Não se pode meramente abandonar seu império e ir construir outro. O trabalho é seu povo, você precisa dele, da segurança que traz e ainda mais dos frutos que ele rende, afinal, não se pode parar de construir.
         Dilema, paradigma, maldição... O nome realmente não importa, a dor é a mesma.
         Preso e acorrentado é como me sinto depois de tanto lutar pela liberdade, ascensão e segurança que sempre precisei pra tê-la. Tendo construído todo um império que o tempo transformou e ainda transforma em ruínas a cada dia.

quarta-feira, 12 de junho de 2013

terça-feira, 4 de junho de 2013

Fast Forward To Rewind . . .


                Como um fantasma ela me atormenta.
         A aparição dela nos meus pensamentos e segredos é constante.
         Mais uma vez definir aquela que foi e ainda é a maior fonte de textos desse blog e da maior parte da minha inspiração. Falar dela nunca foi tão difícil, afinal quase todos meus melhores momentos, vitórias e glórias na batalha da vida carnal aconteceram enquanto ela esteve ao meu lado. De alguma maneira ela esteve envolvida ou presente neles.
         Já não mais nos falamos, já não tenho mais notícias dela e da vida que leva por lá, quem sabe por algum outro lugar. A rua, o portão de ferro, a garagem e a porta da sala, a passagem para o quarto dela, a sala de jantar de mesa grande e de vidro que, dava passagem direta pra cozinha, a porta do pequeno corredor onde ficava o varal e a dispensa antes do banheiro. Várias vezes eu saí da sala e fiquei ali, sentado, conversando, de pé, na frente do espelho me incomodando com minhas erupções cutâneas, às vezes simplesmente por estar ali, ouvindo-a tomar banho, mesmo sem vê-la e sem ela saber, várias vezes e por minutos a fio fiquei ali, construindo meu silêncio diante da música que o banho dela insistia em tocar nos meus ouvidos.
         Cada lugar da casa permanece cravejado em minhas memórias. O abraço, o sorriso, o beijo, o calor, a respiração ofegante, o corpo e as frases de amor em cada lugar e momento pronunciadas, dentro e fora da casa, dentro e fora da cidade, dentro e fora do mundo normal. A versão mais impressionante do país das maravilhas, o clímax e o núcleo da vida, dispostos tão facilmente em um mundo que só conseguimos criar juntos.
         Eu gostaria de tê-la apagado pelo menos por um dia desse tudo incompleto de corpo, mente, alma e espírito que sou. Pelos menos por um dia sem ser assombrado por ela e pela vida que ainda persiste em me empurrar no caminho.
         Talvez o único sentimento que descreva a bola de neve que tudo foi e é seja amor. Amor... porque amor? Talvez seja o fato de eu estar diretamente ligado ao pais dela, aos avós e tios, aos almoços de domingo na casa da Dona Adalgiza, das festas de aniversário juntos, das conquistas e derrotas, da aliança feita em apenas um exemplar de um modelo que eu mesmo solicitei produção para ser único. Talvez por tudo.
         Evidente é que ela me habita da mesma forma que um parasita habita um corpo. Está dentro e em cada pedaço e parte de mim, viva. Imperceptível.
         É evidente que neste tempo todo separados, ela tem gerado inúmeros frutos para esta história diferente da árvore da vida que é o blog. Às vezes me ocorre que se ela estivesse junto a mim eu não teria tanta inspiração ou textos para redigir...
         Cada vez que penso dessa forma sou bombardeado com uma tempestade de lembranças e uma enxurrada de informação que me diz: “Foi na presença dela que você teve alguns de seus momentos mais lúcidos e poéticos o suficiente para voltar a escrever poemas, algo que você não faz com frequência a anos.”
         O fato mais cômico seria me perguntar tudo isso, se é realmente o que eu quero ou queria. Seria como perguntar a um mágico ilusionista, como é feito um truque. Ele nunca te responderia.

         Pra quê dar respostas se são apenas das perguntas que eu sobrevivo e preciso para escrever? Defini-la seria como acabar uma história que geraria uma saga eterna de livros.

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Olhos-de-mel . . .



         Olhos-de-mel sempre esteve ali, parte ofuscada pelas “cleópatras” que a rodeiam.
         Quieta, quase escondida atrás do balcão. Observadora e atenta aos detalhes, despercebida por trás das lentes escuras dos óculos até que... sorriu.
         Dona de uma boca grande, lábios finos que contornam o desenho de um sorriso divertido, branco, feliz.
         O acaso a colocou na frente de um caminho que eu almejava percorrer, talvez ainda permaneça a programação, mas, por agora resolvo tomar um gole nesse cantinho aconchegante das minhas andanças pelas ruas e avenidas da vida. Um pequeno trago daquele bom e velho conhaque com mel para espantar o frio, com mel. Da mesma cor são seus olhos a desviar quase que imperceptível e raramente dos olhares.
         Outro acaso, uma outra conversa, um cigarro para acalmar os nervos, outro assunto, um bom diálogo, gostos parecidos, nada incômodo e tudo natural.
         Interessante tornou-se Olhos-de-mel quando em meio a toda delicadeza e meiguice mostrou-se fera, talvez não treinada, mas com o mesmo coração forte, espírito guerreiro e bravura. Mesmo um simples e bebê gato faz parte da mesma família dos grandes tigres, eles também têm seu instinto.
         Meu excesso de informação me entregou e eu percebi Olhos-de-mel se afastar um pouco. Mas meu terreno e jardins são limpos. Perceberá que pode voltar.
         Uma flor fora da terra só desabrocha se você quiser e fizer algo para que aconteça.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Cought In a Joke . . .




              Engraçado como a vida nos prega peças não!?
         Acho cômico o fato de você levar um tempo pra acertar tudo, pra organizar todas as coisas que a vida constantemente regurgita e te faz engolir, você queira ou não e, quando você põe tudo em ordem e abre um sorriso de satisfação você resolve abrir aquela porta da sua morada mental, que você já havia passado por ela mas não aberto e...? Adivinha, aparece um novo alguém, o emprego precisa mudar, algo novo que não surge de maneira agradável e precisa ser lapidado. Inúmeras as possibilidades. Em uma das noites de brainstorming com meu caro amigo Brunno estávamos falando de possibilidades, na verdade sobre ser 0 ou 80, sobre ser sim ou não, estar ou não inteiramente em algo e fazendo uma matemática simples, entre 0 e 80 são 79 possibilidades. Tratando-se de possibilidades de coisas que você nunca imaginou e mesmo das que imaginou, cada uma dessas 79 possibilidades têm 100% de chance de ser diferente do que você espera, 100 x 79 = 7.900% de chance. A vida é incalculável. Você pode achar que sabe tudo sobre alguém, mas todo mundo esconde algo.
         Pois bem, chega de proliferar idéias revolucionárias e análises psicológicas de cabeças pensantes.
         Estive tentando desenvolver outro assunto para falar, mas minhas idéias sobre tudo já acabaram, menos sobre ela.
         Sabe aquela porta que eu estive falando no texto? Então, eu abri uma porta que eu já conhecida de um dos inacabáveis corredores da mansão que é a minha mente e, descobri um alguém, pra mim um velho alguém, quem eu já havia visto, percebido, me interessado e analisado, nada mais do que isso aconteceu e as coisas pararam por ai. Até que não por coincidência e nem por acaso nos encontramos num dia, horário e lugar onde não era nem pra eu e nem pra ela estarmos.
         Achei estranho demais e como não acredito em coincidências nem acaso resolvi desfrutar da oportunidade que a vida estava me dando, saber realmente sobre ela e como ela era. Horas de conversa, mensagens trocadas, outras horas mais de conversa, um jantar, uma música e uma companhia excelente pra conversar, rir e fugir um pouco do mundo, das pessoas, de nós.
         Conforme a conversa caminhou os assuntos surgiram e eu me espantei quando descobri que ela é “meu eu” de calcinha! Pensei que não, achei interessante e resolvi ir em frente, até que muitas vezes além de pensarmos juntos dizíamos a mesma frase com as mesmas palavras ou mesmo palavras singulares, ao mesmo tempo e ríamos. Então ela me disse: Cara! Isso é muito estranho, você, sou eu de cueca!
         Coincidências? Então explique-me o fato do relógio de pulso, desde criança sempre 6 minutos adiantado. Porque? Pensamos exatamente da mesma forma: Nossa mente já foi acostumada que 5 minutos, são só 5 minutinhos, é pouco tempo, que 7 minutos, são quase 10 minutos e, 10 minutos demora um pouquinho às vezes. Sendo assim nem 5 e nem 7, 6 minutos adiantado. É o que nos salva de chegarmos atrasados no trabalho, do miojo que a gente deixa no fogo e olha no relógio da cozinha da primeira vez, de várias coisas que só nós entendemos.
         É engraçado demais. As horas passaram por nós como um tiro enquanto conversávamos e ríamos, na maioria das vezes porque sou uma pessoa idiota, mas o que há de mal em dizer coisas que façam as pessoas rirem? Rir é saudável, sorrir é um prêmio da vida.
         Eu ainda não sei nada, não deu tempo de descobrir nada. A única coisa em que consigo pensar é num furacão devastando a minha cabeça, levando inúmeras interrogações que se chocam a cada segundo com as paredes da minha morada mental e me deixam louco.
         Mas por outro lado, dos dias em que resolvi ficar mais introspectivo e parei pra pensar sobre mim e sobre a minha vida, descobri que mesmo que acaso e coincidência existissem o destino teria driblado eles para colocá-la no meu caminho.
         Se não era pra ser na cidade, no dia, no ano, no mesmo lugar e na mesma hora, com as mesmas manias loucas que só nós entendemos, que goste das mesmas coisas e discorde das mesmas coisas e que isso tudo e todas as outras qualidades que privo e as que ainda não descobri, um alguém com quem existe perfeita harmonia, onde mais?
         Ouvi dizer que você só encontra o que procura, quando não está procurando e quando menos espera.
         Todas as minhas teorias sobre tudo isso dariam uma bíblia psicológica, eu enlouqueceria escrevendo, se já não está acontecendo.
         Vida, Destino, Lei da Aproximação... Vocês me pregaram uma peça, riram de mim e eu até ri junto, mas agora chegou a hora de explicar o porque da brincadeira.