Eis que bela, intrigante, doce e meiga, surge uma nova carta ao baralho sujo, velho e mofado da minha vida.
Um perfume suave, porém tão sedutor quanto um sorriso desprevinido em uma noite de vento gélido e um olhar misterioso por trás desse sorriso encantador.
Minhas palavras parecem perdidas e misturadas enquanto fecho os olhos e a imagino, sorrindo pra mim e já prefiro me perder nas lembranças do que filtrar e escrever sobre ela.
Cada vez que penso em tentar descrever o perfil incógnito dela, pego-me boquiaberto e de olhos fechados, perdido novamente em suas linhas faciais que mais me parecem talhadas à mão por um exímio escultor.
Ainda não tive a coragem de ir direto ao ponto em que deixo-a ciente de que cada mínimo ato dela faz um terremoto dentro de mim.
Mais pareço um menino de 8 anos encantado por uma possível companheira, porém fitando-a escondido, amedrontado por seus próprios pensamentos e com a barriga forrada de borboletas, sem nem espaço para o golezinho de água que sua boca necessita para voltar à umidade normal.
Acordo do efêmero sonho, porém uma das melhores sensações que tenho sentido nos últimos dias.
Voltando para a vida real, me vejo novamente, sem saber como fui parar lá, na mesa de poker jogando pela minha vida e apostando todas as minhas fichas, em uma só aposta, em uma só pessoa.
Talvez ela goste de mim e vire a minha vida de cabeça pra baixo, me tire do purgatório onde estou, nem o inferno pode ser assim tão ruim. Ou talvez eu esteja apostando errado e perca todas as minhas fichas.
A única coisa da qual tenho absoluta certeza é que estou pronto para ficar ainda mais rico psicológicamente, e que se eu perder, posso comprar mais fichas e procurar um outro ponto de sorte onde eu queira apostá-las novamente, mas de uma só vez... Assim é tudo ou nada, felicidade ou tristeza, amor ou dor.
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