Conheça um pouco do desabafo e da reflexão de um ser humano, um mortal.

"Nem tudo é maravilha, o único lugar onde tudo poderia ser maravilhoso é o país das maravilhas... mas se lá fosse assim tão ótimo e maravilhoso, Alice não teria voltado de lá." por: neto barbieri'

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Invisível Aos Olhos . . .



Ela chegou doce como a primeira brisa da primavera que carrega consigo o perfume de cada flor desabrochada nas copas das árvores, mesclando um aroma inconfundível de alegria.


Altura, 1,55m de puro sangue baiano MADE IN SÃO PAULO - INTERIOR, arretada, um pouquinho cabeça dura, mas, perfeitamente compreensível quando o assunto é colocado à prova e constatado em diálogo. Horas a fio no telefone, pelo menos 1h e meia ao dia. Muito? Não quando se tem uma amiga, alguém pra conversar e desabafar, alguém interessante, de bom humor, inteligente e com assuntos interessantes e interesses em comum. Passa longe do comum, da imagem do que é comum e do que se espera da mesmice humanitária do século XXI. Incrível é uma definição chula e barata quando falando de momentos juntos, não a dois, pois somos um.

Conversas, planos, risadas, idiotices, assuntos sérios... A qualquer momento sei que posso me apoiar ao socorro que ela me presta. Uma porta de carvalho toda talhada como se por um mestre dos traços e formas, uma saída do mundo real. Uma companheira e parceira de todas as horas, alguém que se importa e que mesmo sabendo de cada uma e todas as situações vivenciadas no dia-a-dia se mantêm ao lado. Um cais de porto pra um navio que já atravessou os sete mares em busca da riqueza, alguém para dividir o tesouro da vida.

Gosto quando ela vem de fininho, às vezes achando que eu não percebi o “toc toc” dos calcanhares pequenos batendo suavemente amaciados pelas meias no chão e... Como se adivinhasse meus pensamentos me abraça, deita a cabeça nas minhas costas, me aperta e eu me viro sorrindo igual um bobo para beijá-la enquanto ela faz aquela cara de “era pra ser surpresa” e a gente ri, juntos, felizes, juntos.

Por várias vezes aleatoriamente e em momentos dispersos ela vem e me abraça, me beija, me segura mais um pouquinho na cama, faz doce e quando me olha é como se seus olhos carinhosos me afagassem e pedissem que eu lhe desse carinho, atenção, pedem literalmente que eu a encha de mimos por muitas vezes. Descobri que tenho gosto por isso, que fazê-lo, me faz feliz.

Fascina-me o jeito como ela vê certas coisas e a maneira como ela desfruta de momentos únicos, como eu faço. Podemos falar sobre tudo e todos a qualquer hora. Temos assunto sempre e a conversa nos leva tão longe que quando percebido o frenético tempo já nos levou quase o dia ou a noite toda.

Intriga-me o fato de ter tanto pra falar em tão pouco tempo. É fácil escrever sobre ela, sobre como ela me trata, sobre como sorri quando digo bobagens que só nós entendemos e achamos graça, sobre como ela faz charme pra acordar e levantar... é fácil!

Quem sabe nesse garimpo vitalício em busca do verdadeiro ouro, tendo encontrado apenas o chamado “ouro de tolo” eu tenha descoberto uma mina, que mais me parece de preciosos diamantes...

Como toda mina, a escavação começa de cima e nunca se sabe o que tem abaixo da terra rígida e batida, mas é preciso cavar, descobrir, buscar. Pra isso é necessário trabalho, dedicação, comprometimento e cuidado, pois ao menor deslize posso ficar preso ou morrer dentro dela. É o risco do garimpo. Uns são recompensados, outros não. Talvez eu tenha escolhido o solo certo, se não para garimpar, que seja então para semear e plantar. Uma jazida ou uma colheita, independente, é um tiro certo, mesmo que no escuro.

Ela faz parecer fácil essa brincadeira de escritor e metáforas para cada canto das páginas. Ela faz parecer fácil viver.

E a mais quente e boa nova, como se não bastasse, praticamente me pediu em namoro...

Eu deveria achar estranho, tão cavalheiro e preservador dos séculos passados, não é de costume ser dessa forma. Mas confesso que nessa cartada ela levou boa parte das minhas fichas, ganhou a mão e com ela minha admiração e respeito pela atitude. Não que eu esperasse isso de uma mulher, mas digamos que naquela do 0 ou 80 ela definitivamente não ficou em cima do muro. Talvez seja por essa vontade, vitalidade, interesse e principalmente pela ousadia que ela detém que eu a admire tanto e goste tanto dela, a minha pequena Jenifer.

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

A Caótica Existência Feminina Que Equaliza o Sentimento Masculino . . .



Calma, serena, concentrada, ela percorre sem pressa nenhuma cada degrau da minha coluna vertebral. Conforme os dedos e as unhas dela dançam por toda a minha costa como se já soubessem cada pequeno relevo, defeito, cicatriz e lugar... A cada segundo ela, bem como eu já disse, me acende e ascende...


Como se tivesse um lança-chamas nas mãos ela descarrega toda sua munição contra meu corpo despido e incendeia minha alma. Ela sabe perfeitamente a hora, o lugar e como fazer isso, por isso me seduz tão bem.

Incendeia minha alma... Frase forte essa não? Expressão de profundidade sentimental... Exatamente, profundidade. Naquele momento em que ela me olhou dentro do olho, sorriu pra mim e disse “Você veio!” antes de me beijar e me abraçar, eu senti como se ela brincasse com fogo, se divertia enquanto via minha alma queimar dentro dos meus olhos, ela poderia se contentar em acender uma chama, mas não, ela quis o caos.

Como se num terremoto interno meu corpo se sacudisse de dentro para fora e cada músculo sofresse um espasmo em direções diferentes... Meu corpo tremia! Minha alma tremia! Que sensação incrível! O novo nem sempre é belo ou bem recebido, mas essa sensação agiu como uma droga injetada diretamente nas veias, antes que eu me desse conta já havia percorrido meu corpo todo e toda vez que isso começava a se acalmar era como se eu olhasse pra ela implorando para me servir um pouco dessa sensação, dessa substância rara, valiosíssima e única que é ela.

Terrível, é assim como ela me chama. Parece até piada quando quem causa o caos é ela.

Em 2008 já fiz certa referência, logo no início do blog de que: “Todos nós precisamos de um pouco de caos para que a vida se equilibre.”

Pois bem, estive perfeitamente correto quanto a isso, o fato que eu não contava era o de me viciar nesse caos e desejá-lo, o tempo todo.

Ela não pediu permissão, ela não forçou a entrada, ela mal falou comigo na “recepção” da minha vida! Quando simplesmente voltei para dentro da minha vida ela já estava lá, sentada, sorrindo e esperando pra me fazer feliz.

Como ela passou por todas as minhas defesas, de que maneira entrou, quanto tempo levou para fazer isso, são todas perguntas sem respostas. Mas não faz a menor diferença, pois estou perfeitamente bem assim.