Fala
galera! É, eu estou me reanimando pra contar as coisas aqui não é?
Bom, vou me
explicar primeiro, vem coisa nova por aí.
Eu tenho
uma dama a quem já escrevo por muito tempo, já escrevi muito e ainda escrevo,
mas, isso não tem nada a ver com alguém chamar a minha atenção certo? Afinal, a
beleza em si é apreciável, então falarei somente sobre anônimas, garotas que eu
nem sequer conversei. Não, eu não estou ficando, eu sou louco.
Vamos ao
que interessa: Hoje falarei sobre A Menina do Ônibus.
O mesmo ônibus
que eu pego todos os dias pra voltar do trabalho, mas hoje num horário
diferente.
Não foi a
primeira, foi a segunda, mas é que da primeira vez que eu a vi eu apenas achei
um rosto bonito e não olhei mais... Hoje eu analisei-a.
Ela estava
com os cabelos soltos, um pouco além do ombro de comprimento, um pouco úmidos ,
efeito da garoa que tem assolado curitiba desde o feriado do dia das
crianças... Umm sapatilha cru, com um lacinho, toda em couro, um jeans azul básico,
uma blusinha de alcinha branca com alguns babados(detalhe que eu achei legal e
me chamou a atenção) por cima um colete cru também e em cima do colete uma
blusa de frio, de um material parecido com moletom mas, com cortes finos, de
cor vermelha, estava muito bem vestida.
Tem um
rosto fininho e muito delicado, algo que não me chama tanto assim a atenção em
mulheres, mas lembrando que me interessa o conteúdo das pessoas e não a beleza(como
diria meu amigo Brunno Pegoraro: Beleza não é qualidade, é benefício.), um
nariz fino mas com a ponta meio arredondadinha e empinada um pouquinho apenas,
muito meigo.
Com ela
estavam dois rapazes, acredito que amigos, não havia clima, nem interesse. E
foram ali, conversando, ela me olhou algumas vezes, e em algumas dessas vezes
me pegou olhando pra ela também.
Nenhum
gesto, nenhum sorriso, nada, apenas olhares analíticos, curiosos e com um início
de interessa, mas não que aquilo fosse sair dali.
Desci, me
virei para acender um cigarro, foi tempo o suficiente para as luzes verdes se
acenderem e a janela onde ela estava sentada sumir da minha vista.
Não sei o
nome dela, não ouvi ninguém chamandoá pelo nome, não sei a idade, não sei nem
se ela tem conteúdo, se é legal, não que não pareça, ela tem um jeito de gente
boa, mas ficou ali, incógnito, não foi a primeira e nem será a última vez que
iso acontecerá comigo.
Talvez eu
me satisfaça mais com a curiosidade, essa coisa anônima que eu sinto, que me
deixa sedento da sensação de idealizar mil formas de coisas acontecerem e não
investir em nenhuma delas, tendo apenas imagens e sensações perfeitas em minha
mente, enquanto se talvez eu me movesse eu teria mil coisas destruídas ao mesmo
tempo. É menos doloroso apreciar e se contentar do que mudar algo que já está
excelente.

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