É, ultimamente muitas pessoas têm sentado comigo nesse barzinho o qual estou estagnado em uma das vielas da minha vida.
Sempre acontece a mesma coisa, sentam, bebem, jogam conversa fora, alguns riem, outros choram, alguns pedem conselhos e outros tentam aconselhar.
Tenho sido um ótimo conselheiro de bar, embriagado por cada diferente garrafa de veneno da qual eu bebo. Assim também poderia acontecer comigo, escutar os conselhos bêbados que tenho recebido.
As pessoas que me escutam vão pelo caminho certo e sempre se dão bem. EU, vez ou outra escuto alguém, isso faz com que nem sempre eu me dê bem na vida.
Ontem o dia foi tenso, logo pela manhã acabei um pouco mais com meu fígado e meu pulmão. A tarde caiu e com ela veio a noite, repleta de estrelas e uma Lua que me fazia delirar, e mais um pouco eu acabei comigo, com tudo, mas dessa vez, consciente eu permaneci.
A cada dia, cada hora sentado nessa esquina, me perco pensando em como fazer com que as outras pessoas fiquem bem, só assim acabo esquecendo um pouco do caos que é a minha vida.
Já nem compreendo mais meu próprio vidro de verdades, já não compreendo meu eu.
O que salvou o meu dia ontem, foi cada segundo da minha noite, que eu tentei usá-la como a última.
Cada segundo do lado dela, cada vez que minha boca tocava a dela, cada vez que ela criava coragem e me encarava olho no olho, e cada vez que nós dois deixamos a nossa emoção superar a razão e todas as outras coisas que sentíamos. Nossa respiração era ofegante, como se fosse a primeira vez que estivéssemos juntos, a minha mão tocava o rosto quente e macio dela, tocava os lábios carnudos, doces e também macios dela.
O mundo parecia parado diante de mim, eu não consegui enxergar mais nada além dela, eu fitava fundo seu olhar, como se quisesse extrair algo de lá. Ria de mim mesmo tentando me enganar com isso.
A hora passava e eu me encontrava sentado diante dela, e por mais que ambos estivéssemos resistindo a algo muito mais forte que nós, todo o tempo que passei do lado dela foi mágico.
A noite continuou apenas pra mim depois, foi bom, foi uma ótima noite, mas se ontem eu me encontrava(depois de muito tempo) feliz, a essência dessa felicidade têm nome e sobrenome.
Efêmeras Realidades sobre o ser humano, sociedade, o amor, ódio... tudo isso gira em torno do ser humano, mas não deixa de ser leviano, passageiro, de curta duração.
Conheça um pouco do desabafo e da reflexão de um ser humano, um mortal.
"Nem tudo é maravilha, o único lugar onde tudo poderia ser maravilhoso é o país das maravilhas... mas se lá fosse assim tão ótimo e maravilhoso, Alice não teria voltado de lá." por: neto barbieri'
sábado, 26 de junho de 2010
quarta-feira, 16 de junho de 2010
Doses e Esquinas, Dores e Sinas . . .
Já faz quase meia hora que o dia 16 começou...
Debruçado sobre meus livros e cadernos eu tento, escrever sobre minha vida, minha rotina, meus sentimentos, minhas reflexões...
É tudo tão confuso, diferente, meu computador está desligado, fumo mais um cigarro para tentar enganar pelo menos um pouco a ansiedade.
As cinzas queimam conforme eu trago, lenta ou rapidamente, eu escolho como deve ser. Queria também o poder de controle da minha vida, como as cinzas, lenta ou rapidamente.
Tudo corre num ritmo desigual... Desacelerado quando eu quero que o tempo voe e, rapidamente quando quero que os ponteiros do meu relógio de pulso, velho e gasto, parem.
Preciso de chão, preciso de afeto. Na quietude do meu quarto ouço apenas o som da caneta e me braço deslizando num movimento uniforme sobre meu caderno, isso tudo porque escrevo com letras de forma. Os meus garranchos são arrastados, cansados e isso é fato, assim também estou.
Preciso de alguma atenção, cuidados e de talvez mais um cigarro. Mas lá fora é frio, o vento suave e delicado corta os pêlos do meu rosto, faz-me sentir nada diante dos olhos que materializo.
Ela me visita nos meus sonhos, não deixa minha cabeça em paz. Quando percebo que deixei as algemas do tempo em casa, um pouco de lado, alguém bate no meu, agora fraco e frágil vidro de verdades e consome um pouco de mim. da noite, das minhas estrelas...
Estou esperando ansiosamente o raiar do dia para me trazer calor.
Minha vida se resume ao tempo. Amanhece frio, o dia nasce e consigo traz o calor, mas chega a vez da noite e é frio, fazendo com que eu me dê conta que passarei mais uma noite sem a companhia dela.
Essa rotina já é certa, minha sina. Talvez andando por alguma das vielas da minha vida eu tenha encontrado um lugar para sentar e assistir embriagado, de camarote, os ''fantoches'', assim denominados os figurantes (peças ais importantes do meu quebra-cabeças psicológico) passarem por mim e viverem suas vidas, felizes ou não.
Um ou outro senta, toma alguns goles comigo e sai, acabo sozinho novamente.
Meu coração está acelerado, estou com cada músculo do corpo rígido, tenso, não consigo me mover.
Arrasto minha cadeira magra e de ferro batido para a sarjeta onde posso continuar a observar a minha sombra, sem expressão alguma e assim regurgitar um pouco do que me faz bem.
Estou alérgico ao que desejo. Tudo o que sinto de bom, alegre e analgésico às minhas dores é cuspido pra fora de mim em algum bueiro, só resta o silêncio e mais uma dose de dor.
Bebo calado, esperando que meu ''fantoche'', agora um boneco de voodoo, seja libertado de cada agulha cravada em cada ponto estratégico da minha psicose.
Meu boneco fica sobre uma mesa, à mostra de quem quer que seja e passe por mim, uns alfinetam dolorosamente e ao mesmo tempo prazerosamente mais algumas agulhas; Outros apenas retiram uma ou duas; e há ainda os que passem e apenas sorriem ou lamentem.
Mas todos sem excessões, se vão.
Debruçado sobre meus livros e cadernos eu tento, escrever sobre minha vida, minha rotina, meus sentimentos, minhas reflexões...
É tudo tão confuso, diferente, meu computador está desligado, fumo mais um cigarro para tentar enganar pelo menos um pouco a ansiedade.
As cinzas queimam conforme eu trago, lenta ou rapidamente, eu escolho como deve ser. Queria também o poder de controle da minha vida, como as cinzas, lenta ou rapidamente.
Tudo corre num ritmo desigual... Desacelerado quando eu quero que o tempo voe e, rapidamente quando quero que os ponteiros do meu relógio de pulso, velho e gasto, parem.
Preciso de chão, preciso de afeto. Na quietude do meu quarto ouço apenas o som da caneta e me braço deslizando num movimento uniforme sobre meu caderno, isso tudo porque escrevo com letras de forma. Os meus garranchos são arrastados, cansados e isso é fato, assim também estou.
Preciso de alguma atenção, cuidados e de talvez mais um cigarro. Mas lá fora é frio, o vento suave e delicado corta os pêlos do meu rosto, faz-me sentir nada diante dos olhos que materializo.
Ela me visita nos meus sonhos, não deixa minha cabeça em paz. Quando percebo que deixei as algemas do tempo em casa, um pouco de lado, alguém bate no meu, agora fraco e frágil vidro de verdades e consome um pouco de mim. da noite, das minhas estrelas...
Estou esperando ansiosamente o raiar do dia para me trazer calor.
Minha vida se resume ao tempo. Amanhece frio, o dia nasce e consigo traz o calor, mas chega a vez da noite e é frio, fazendo com que eu me dê conta que passarei mais uma noite sem a companhia dela.
Essa rotina já é certa, minha sina. Talvez andando por alguma das vielas da minha vida eu tenha encontrado um lugar para sentar e assistir embriagado, de camarote, os ''fantoches'', assim denominados os figurantes (peças ais importantes do meu quebra-cabeças psicológico) passarem por mim e viverem suas vidas, felizes ou não.
Um ou outro senta, toma alguns goles comigo e sai, acabo sozinho novamente.
Meu coração está acelerado, estou com cada músculo do corpo rígido, tenso, não consigo me mover.
Arrasto minha cadeira magra e de ferro batido para a sarjeta onde posso continuar a observar a minha sombra, sem expressão alguma e assim regurgitar um pouco do que me faz bem.
Estou alérgico ao que desejo. Tudo o que sinto de bom, alegre e analgésico às minhas dores é cuspido pra fora de mim em algum bueiro, só resta o silêncio e mais uma dose de dor.
Bebo calado, esperando que meu ''fantoche'', agora um boneco de voodoo, seja libertado de cada agulha cravada em cada ponto estratégico da minha psicose.
Meu boneco fica sobre uma mesa, à mostra de quem quer que seja e passe por mim, uns alfinetam dolorosamente e ao mesmo tempo prazerosamente mais algumas agulhas; Outros apenas retiram uma ou duas; e há ainda os que passem e apenas sorriem ou lamentem.
Mas todos sem excessões, se vão.
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